Artigos científicos

Aqui você encontra uma espécie de “dossiê”, com artigos científicos e matérias jornalísticas falando sobre a relação da vitamina D com doenças autoimunitárias, em especial a esclerose múltipla, e também sobre outras questões que envolvem o tema, como os interesses financeiros da indústria farmacêutica.

Os benefícios da vitamina D (que na realidade é um pro-hormônio esteróide, não uma “vitamina”, conforme se sabe desde a década de 1930) para o combate à esclerose múltipla estão documentados em mais de 3.500 estudos publicados na literatura científica especializada (“Journal Sources”):
http://www.scirus.com/srsapp/search?sort=0&t=all&q=%22vitamin+D%22&cn=all&co=AND&t=all&q=%22multiple+sclerosis%22&cn=all&g=a&fdt=0&tdt=2013&dt=all&ff=all&ds=jnl&ds=nom&ds=web&sa=all

Importante lembrar que há apenas 3 anos eram apenas 750 estudos publicados acumulados ao longo de mais de 40 anos de pesquisas, demonstrando a atenção rapidamente crescente que o meio científico tem dedicado ao assunto nos últimos anos.

Seguem algumas publicações:

Autismo;

https://www.sciencedaily.com/releases/2016/11/161121110956.htm

Esclerose Múltipla;

http://jnnp.bmj.com/content/83/5/565.abstract?sid=df512180-0970-423f-977f-49f05294b7e5
Estudo “duplo-cego, randomizado” (“double-blind, randomized”) mostrando redução do número de lesões ativas no grupo tratado com doses relativamente baixas de vitamina D (20.000 UI por semana) por apenas 1 ano, além de tendências a diversas outras melhoras, em comparação com o grupo que recebeu apenas interferon + placebo, sem efeitos colaterais verificados. Naturalmente, é de esperar-se que as tendências se concretizem (se tornem “estatisticamente significantes”) especialmente com doses maiores, mas também com o prolongamento do período de observação para 2 anos ou mais. A dose de 20.000 UI por semana (menor do que 3.000 UI por dia) pode ser considerada relativamente baixa, pois a dose de 20.000 UI pode ser obtida por uma única exposição solar de poucos minutos de duração (10-15 minutos), desde que a exposição atinja uma área do corpo suficientemente extensa (no caso, com o corpo quase inteiramente descoberto, como em trajes de banho à beira da piscina) e que ocorra em horário adequado (quando a sombra do indivíduo ao sol tem a mesma extensão da sua estatura, seja pela manhã ou à tarde, a qualidade da radiação UV é a mais adequada para a produção de colecalciferol).

Em 1986 (há 26 anos) demonstrou-se que doses ainda modestas (5.000 UI por dia) mostraram-se capazes de reduzir em mais de 50% a frequência de surtos em portadores de esclerose múltipla (http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/0306987786900101).

A administração de doses elevadas progressivamente ao longo de 7 meses (a partir da dose semanal de 28.000 UI = 4.000 UI por dia, até ser atingida a dose semanal de 280.000 UI = 40.000 UI por dia) levaram à redução das lesões ativas em comparação com o número de lesões ativas encontradas nos mesmos pacientes antes dos 7 meses, não sendo verificada a ocorrência de efeitos colaterais:
http://www.ajcn.org/content/86/3/645.long

Alta frequência de surtos e elevada severidade das sequelas neurológicas (paraplegia, cegueira) correlaciona-se com níveis circulantes mais baixos de vitamina D tanto em adultos como em crianças.

(http://msj.sagepub.com/content/14/9/1220;
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21047880?dopt=Abstract) (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20437559?dopt=Abstract).

Na qualidade de potente pró-hormônio imuno-regulador, a vitamina D inibe a resposta imunológica direcionada contra o próprio organismo (denominada pelos imunologistas como “TH17”), tanto em indivíduos saudáveis como nos portadores de esclerose múltipla sem inibir a resposta direcionada contra infecções (ao contrário, potencializando a resposta antimicrobiana, tal como se verifica, por exemplo, no tratamento da tuberculose pulmonar:

(http://msj.sagepub.com/content/early/2012/03/28/1352458512442992) (http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2882221/),
http://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(10)61889-2/fulltext).

Como não há justificativa ética para deixar-se qualquer pessoa (mesmo hígida) com deficiência de qualquer vitamina ou hormônio sem a devida correção, é ainda muito menos aceitável deixar-se pessoas portadoras de EM deficientes em vitamina D. Também é inaceitável o hábito de administrar-se a esses pacientes doses que sabidamente são incapazes de corrigir a deficiência, sob o pretexto de que são doses “recomendadas” – hábito esse que pode ser inspirado em conflito de interesses não declarados

(http://www.naturalnews.com/032202_vitamin_D_deficiency_disease.html;
http://pandemicsurvivor.com/2010/12/08/conflict-of-interest-at-national-academy-of-science/;
http://suite101.com/article/the-vitamin-pharmaceutical-companies-dont-want-you-to-know-about-a328269).

A administração diária de 1.000 UI eleva a concentração plasmática de vitamina D em cerca de 5 ng/mL(12.5 nmol/L); já a administração diária de 5.000 UI eleva a concentração plasmática de vitamina D em cerca de 36 ng/mL(90 nmol/L); a administração diária de 10.000 UI eleva a concentração plasmática de vitamina D em cerca de 64 ng/mL (160 nmol/L)

(http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12499343?dopt=Abstract).

Pessoas portadoras de EM são parcialmente resistentes à vitamina D em decorrência de polimorfismos genéticos necessitando portanto de doses ainda maiores para obterem o mesmo efeito biológico desse potente pró-hormônio imuno-regulador.
(http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3002863/),

As pessoas portadoras de EM, além de serem parcialmente (geneticamente) resistentes aos efeitos biológicos da vitamina D, têm concentração plasmática média de 14 ng/mL. A Sociedade de Endocrinologia (Endocrine Society) recomenda um nível mínimo de 40 ng/mL para pessoas não resistentes. Doses diárias como 200, 400 ou 600 UI têm sido, ao longo de décadas, classificadas como “dose diária recomendada”, mas nenhuma delas faria com que a média dos pacientes portadores de EM ultrapassasse muito mais do que a metade do nível mínimo recomendado pela Endocrine Society para pessoas não resistentes.

Evidências seguem se acumulando em relação ao papel protetor da vitamina D contra o risco de se desenvolver esclerose múltipla e contra a progressão da doença. “Evidence continues to accumulate supporting a protective role for vitamin D in MS risk and progression.” Atualmente verifica-se o acúmulo de mais de 3.500 artigos publicados a respeito do assunto “esclerose múltipla” versus “vitamina D” (o que representa um rápido crescimento, ao verificar-se que até há apenas 3 anos encontravam-se publicados cerca de 750 artigos acumulados ao longo de 40 anos):

(http://journals.lww.com/co-neurology/pages/articleviewer.aspx?year=2012&issue=06000&article=00006&type=abstract).

A aparentemente inexplicável revolta ou indignação com que alguns profissionais [ou possíveis (?) pacientes que nunca se submeteram ao tratamento em questão] reagem na internet frente à consistente e explícita felicidade daqueles que foram e seguem sendo tratados com doses elevadas de colecalciferol (associadas à dieta com restrição de laticínios e de “leite” vegetal, e hidratação abundante, superior ou igual a 2,5 litros de líquidos por dia) pode, portanto, ser apenas devida à desinformação ou a interesses contrariados (estranhos ao benefício dos pacientes).

Combater a correção de um distúrbio metabólico identificado como associado à esclerose múltipla significa desconsiderar a importância de se desenvolver um tratamento voltado para anular a causa do problema, mantendo-se o paciente indefinidamente dependente de tratamentos paliativos alopáticos extremamente dispendiosos, que nunca vão evitar a progressão da doença, mas manterão o paciente sob risco de desenvolver complicações potencialmente letais, tais como choque anafilático, encefalite letal por vírus oportunistas (virus JC), hepatite induzida por droga, cegueira ou arritmias cardíacas letais:

http://www.fda.gov/Drugs/DrugSafety/ucm288186.htm

http://www.ismp.org/Newsletters/acutecare/showarticle.asp?id=19

http://english.prescrire.org/en/81/168/47794/0/NewsDetails.aspx

Apesar de tantos efeitos colaterais, incluindo o risco de morte e de seqüelas irreversíveis, a comercialização dessas substâncias segue gerando lucros muito atrativos às empresas e aos seus investidores através da venda desses produtos tóxicos com largas margens de lucro:

http://www.fiercebiotech.com/press-releases/tysabri-r-surpasses-1-billion-2009-sales-patients-therapy-increase-30

http://www.4-traders.com/BIOGEN-IDEC-INC-4853/news/Biogen-Idec-Inc-Biogen-Idec-2012-Annual-Shareholders-Meeting-Webcast-14353905/

http://www.msnewstoday.com/novartis-gilenya-ms-pill-to-cost-48000-a-year/

Para muitas empresas a disseminação do conhecimento sobre o potente papel imuno-regulador desse hormônio erradamente chamado de “vitamina” D, presente nos organismos vivos há 500.000.000 de anos (http://www.youtube.com/watch?v=Cq1t9WqOD-0), representa o risco da bancarrota por perda de público consumidor (http://suite101.com/article/the-vitamin-pharmaceutical-companies-dont-want-you-to-know-about-a328269).

Infelizmente esses interesses contam com a desinformação sociedade em geral (que segue encarando o colecalciferol como uma simples vitamina a ser administrada em doses mínimas para tratamento, havendo evidências de que informações filtradas pelo interesse financeiro são ativamente promovidas através da aliança com formadores de opinião (“key opinion leaders”) e a indústria farmacêutica, conforme denuncia o BMJ (“British Medical Journal” – uma das mais respeitadas, tradicionais revistas médicas internacionais ) no artigo “Key opinion leaders: independent experts or drug representatives in disguise?” ao entrevistar executivos que deixaram a indústria farmacêutica:

“Kimberly Elliott, que atuou como representante de vendas para uma indústria farmacêutica por quase duas décadas, declara de forma direta: ‘Médicos formadores de opinião atuavam como vendedores para nós, e nós rotineiramente medíamos o retorno de nosso investimento, rastreando prescrições médicas antes e após as suas apresentações,’ declarou ela. ‘Se um determinado palestrante não provocasse o impacto que a companhia buscava, não se voltava a convidá-lo para novas palestras.’” –> http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2432185/?tool=pubmed

A influência mercadológica e financeira da indústria farmacêutica sobre a política editorial das publicações científicas na área médica, sobre a conduta e o ensino médicos tem sido objeto de crescente debate nos últimos anos em diversos outros fóruns:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2706999/

Clique para acessar o bmj-336-7641-feat-00416.pdf

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC523840/?tool=pubmed

https://www.mja.com.au/journal/2009/191/5/winds-change-growing-demands-transparency-relationship-between-doctors-and

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3153455/

Aos poucos, laboriosamente, a divulgação da importância da vitamina D para a saúde pública vai conquistando espaço no ambiente acadêmico:

http://www.health.harvard.edu/newsweek/time-for-more-vitamin-d.htm

Ao contrário das drogas imunossupressoras que provocam a ocorrência de infecções oportunistas, o pró-hormônio “vitamina D” tem sido utilizado para potencialização do sistema imunológico, contribuindo para a cura de infecções crônicas:

http://www.scirus.com/srsapp/search?q=%22vitamin+D%22+%28%22tuberculosis%22%29&t=all&sort=0&g=s

http://www.scirus.com/srsapp/search?q=%22vitamin+D%22+%28%22HIV%22%29&t=all&sort=0&g=s

http://www.scirus.com/srsapp/search?q=%22vitamin+D%22+%28%22hepatitis%22%29&t=all&sort=0&g=s

Informações sobra a importância da vitamina D para o tratamento de doenças auto-imunitárias e para a saúde pública em geral pode ser encontrada no site do “Instituto de Investigação e Tratamento de Autoimunidade”.

http://www.institutodeautoimunidade.org.br/novo-paradigma.html

 

12 respostas em “Artigos científicos

  1. Dr. Cícero minha filha teve parada cardíaca a 5 anos e está vegetando numa cama. Tem hidroencefalia. Seria possível ela um dia falar ou comer ou caminhar ????.

  2. Hashimoto tem melhora com o protocolo?
    Meu filho teve todos os exames de check up com níveis normais, mas TSH está em 9000, toma 2000ui de vitamina d> e puran 25mg.
    Está muito magro

  3. Pingback:  Vitamina D e Sistema Imunológico – Jornal Conceito Saúde

  4. Olá! Boa tarde. Gostaria de saber se eu posso tomar a Vit D3, na quantidade de 5000 UI ao dia, se tem algum problema. Tenho 55 anos e até agora não fiz nenhum exame. Gostaria de começar a tomar.
    Obrigado
    Francisco

  5. Caros senhores Médicos da vitaminadporumaoutraterapia
    Tomo diariamente vit / hormonio D na quantidade de 10000UI… todavia estive lendo comentários e me pintou uma dúvida,,,,,,
    Com esta dose diaria eu corro algum risco de ter uma hipervitaminose D, haja visto que sou saudável e meus níveis sanguineos são satisfatórios.
    Obrigado
    Marinho

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